Em um dia chuvoso em Boston, tivemos a oportunidade de conversar com a Hannah Bundy. Hoje ela é a diretora de marketing de lifestyle e storytelling para os produtos clássicos da Reebok – Club C e Classic Leather, que são ícones da marca.
Depois de trabalhar muitos anos no mundo das agências, ela foi em busca de algo diferente e, eventualmente, sua paixão por moda, estilo e esportes a levou à Reebok, onde ela tem feito alguns projetos incríveis com essas duas silhuetas clássicas. Hannah nos contou como foi o seu processo para entrar na empresa e como transformou o Classic Leather – que comprou para sua entrevista na Reebok – em um tênis único que guarda lembranças de momentos especiais.
“Meu nome é Hannah Bundy, lidero o marketing de lifestyle e storytelling dos nossos produtos clássicos – Club C e Classic Leather. Sou Coreana adotada, cresci no norte do estado de Nova Iorque, morei em Boston anteriormente, Nova Iorque, Los Angeles, e agora estou de volta em Boston. E adorando minha jornada na Reebok.”
Como você se interessou por marketing e como isso te levou para a Reebok?
hannah Na verdade eu estudei jornalismo na faculdade e depois fiz uma especialização em marketing integrado, e acabei seguindo mais para essa carreira. Passei cerca de 10 anos no mundo das agências de publicidade, aprendendo um monte de diferentes sistemas de marketing vertical, negócios e trabalhando em diferentes planos de ativação com essas várias empresas. Eu fiz isso por muito tempo, mas eu queria realmente me estabelecer em algum lugar, focar em uma única coisa e fazer isso muito bem. Demorou um pouco para eu descobrir exatamente o que eu queria fazer, mas no final fiz um trabalho de coach de carreira para realmente colocar meus pensamentos em ordem. Ela me ajudou a chegar no que eu realmente queria fazer na vida – e foi assim que cheguei na Reebok.
E como foi o processo para chegar onde você está hoje?
hannah Eu passei umas quatro semanas trabalhando com uma coach de carreira. Ela me fazia as perguntas mais simples, que eu facilmente poderia responder sozinha, mas você acaba pensando em tanta coisa que fica com a cabeça cheia. Ela me ajudou a ter clareza: “essa é a pergunta, o que você gosta? O que você quer?” Ela me passava muitas lições de casa diferentes e exercícios para tentar descobrir essas perguntas. E acabou caindo na Reebok. Havia também outras indústrias que eu tava explorando, como culinária, restaurantes e coisas do tipo, que eram totalmente diferentes pra mim. Mas no centro desse círculo estava sempre a Reebok, então eu coloquei todo o meu foco nela.
Eu levei por volta de oito meses para entrar lá e ser contratada. Foi um processo demorado, que no final valeu muito a pena. Na verdade, comecei em operações de marketing para os EUA e eventualmente, encontrei meu caminho de volta para uma função mais integrada e de marketing. E então, com essa transição recente da empresa, tive a oportunidade de liderar a equipe de storytelling e marketing de produtos de lifestyle.
E por que você se conectou tanto com a Reebok?
hannah Tem muitas empresas de calçados aqui, mas escolhi a Reebok por essa fusão do lifestyle com esporte. Eu cresci praticando esportes, tipo, eu não era muito boa, mas eu sempre fui atlética – até hoje, eu ainda faço treinos e coisas do tipo. E além disso, eu era obcecada por roupas, sou até hoje. Então, quando li a missão da empresa durante o processo de entrevista, eu fiquei tipo “sim, é exatamente por essas coisas que eu sou apaixonada”. Eu sinto que o trabalho e a vida pessoal não deveriam ser tão separados, e isso realmente aconteceu mais do que nunca com a pandemia. Então, só de ler essa declaração da missão, que é tão verdadeira até hoje, isso realmente foi o que me levou para a Reebok, e apenas para a Reebok.
“Eu sinto que o trabalho e a vida pessoal não deveriam ser tão separados, e isso realmente aconteceu mais do que nunca com a pandemia. Então, só de ler essa declaração da missão, que é tão verdadeira até hoje, isso realmente foi o que me levou para a Reebok, e apenas para a Reebok.”
Agora falando sobre calçados, quando começou sua relação com tênis?
hannah Para mim o tênis chegou de uma forma diferente. Eu era obcecada por moda, estilo, tendências e coisas que estavam acontecendo nos anos 90, 2000, e isso meio que me levou para os tênis. Mas eu lembro que no começo eu tive um pouco de dificuldade, eu não tinha certeza de como combinar as roupas com tênis, o que era e não era legal de usar. Acabei ficando muito seletiva, mas com o tempo fui melhorando.
Pensando bem, vocês lembram do programa Total Request Live na MTV? Era um programa de contagem regressiva de videoclipes. Bem, eu vou me sentir velha por falar isso mas, antes das redes sociais, os jovens buscavam referências e inspirações de moda e estilo na TV e revistas. Lembro de ficar estudando referências de moda e calçados por esses veículos, e depois ia para o shopping pra tentar recriar os looks que eu tinha como referência. Era bem diferente naquela época.
Trabalhando com tênis todos os dias, isso mudou de algum jeito a sua relação com tênis ao longo dos anos?
hannah Definitivamente. Acho que a maior mudança para mim, e eu tenho vontade de saber se mais alguém já falou isso também, é que eu estou sempre olhando para baixo. Onde quer que eu vá na rua, é natural. Eu fico tipo “o que você está usando? Como você está usando? Como você monta um look?” Eu tento não falar o tempo todo sobre isso com amigos e familiares, porque tenho certeza que é meio irritante. E essa obsessão por estilo definitivamente ficou mais forte, porque tênis era um elemento que quando eu era mais jovem, eu não entendia exatamente como usar. Mas hoje em dia indo para o trabalho, você vê todo mundo usando e é toda uma comunidade. Essa foi definitivamente uma mudança que eu notei em mim mesma.
E por que de todos os seus tênis, você escolheu o Reebok Classic Leather para o seu Kickstory?
hannah Eu escolhi o Classic Leather porque foi o tênis que comprei pra fazer a entrevista na Reebok em 2019. Quando fiz a primeira entrevista, foi realmente assustador. Primeiro tive uma entrevista por telefone, depois foram mais quatro entrevistas diferentes e tive que apresentar pra todos eles um deck que criei sobre um produto. Eu tava muito nervosa, mas deu tudo certo, fiquei muito feliz. Esse tênis ocupa um lugar especial no meu coração por causa dessa lembrança que está associada a ele.
“Eu escolhi o Classic Leather porque foi o tênis que comprei pra fazer a entrevista na Reebok em 2019″
E o que são esses escritos no tênis?
hannah Então, escrevi um monte de coisas neles. Eu tava tentando aprender mais sobre o lado de produto mesmo, e rotulei os nomes de cada parte do tênis.
Tenho certeza que ao longo dos anos na Reebok você teve a chance de trabalhar em muitos projetos legais. Existe algum que mais se destaca para você, que você mais gostou?
hannah Sim! Então, o Reebok Collective foi uma parceria de um ano. Começamos com seis parceiros e terminamos com nove, foi o primeiro programa de influenciadores de longo prazo que fizemos. A intenção era trabalhar com pessoas que não tivessem medo de expressar exatamente quem são. Eu ainda amo todos os parceiros que trabalharam com a gente. A parceria terminou em maio, o que é muito triste, mas desenvolvemos esse vínculo muito grande, amamos muito e temos muito respeito por eles.
Isso permitiu que tanto os nossos parceiros quanto a Reebok, aprendessem como um programa como esse pode beneficiar ambos lados. Isso não pode ser uma via de mão única, ou algo tipo “o que você pode fazer por nós?”. A intenção era descobrir com o que eles estão trabalhando e como podemos nos envolver – e pensando agora, foi definitivamente difícil descobrir qual era esse equilíbrio e como você faz isso dentro de um ambiente corporativo. Mas acho que se fizéssemos esse programa novamente, a gente ia acertar em cheio, e iríamos juntar as forças para fazer mais coisas juntos. E tenha em mente, foi tudo durante a pandemia também, então não podíamos fazer nada pessoalmente. Mas foi muito legal ver esse grupo, alguns deles se conheciam antes de nós, outros não, foi incrível vê-los se unirem no espírito da Reebok, e também por eles mesmos.
“O Reebok Collective foi uma parceria de um ano. Começamos com seis parceiros e terminamos com nove, foi o primeiro programa de influenciadores de longo prazo que fizemos. A intenção era trabalhar com pessoas que não tivessem medo de expressar exatamente quem são”
“Eles são inerentemente a Reebok. E com o tempo, terá maneiras de evoluir as duas silhuetas e será muito legal ver isso ganhar vida”
Agora, na Reebok, você trabalha com silhuetas realmente icônicas, como o Classic Leather e o Club C. Na sua opinião, o que torna essas silhuetas tão importantes?
hannah Elas são ícones. A gente tava falando sobre isso antes de eu chegar aqui. A próxima coisa que quero fazer é mergulhar nos arquivos e aprender mais sobre a história de ambos os produtos, porque eles são muito importantes. Eles são inerentemente a Reebok. E com o tempo, terá maneiras de evoluir as duas silhuetas e será muito legal ver isso ganhar vida. Já estamos vendo isso com este modelo em particular, mas eles são ícones, sabe. Então, estou muito animada para evoluir o que Reebok fez no passado, o que estamos fazendo agora e olhando para o futuro.
Sempre que vejo um Reebok orgânico na rua, eu penso “eu te conheço?” (risos). Existem muitas outras grandes cidades, mesmo em Nova Orleans, que estávamos lá com o Reebok Collective. Eu estava de novo, olhando para o pé de todo mundo na Bourbon Street, na região, e eu vi muitos Reeboks. Mas acho que existem diferentes cidades onde a Reebok é muito popular. Filadélfia é outra, Los Angeles definitivamente também é, e provavelmente Miami também. Mas é muito legal quando você vê os tênis na rua naturalmente.
Reebok Classic Leather
Dona: Hannah Bundy
Fotos: Kickstory