Quando você começou a gostar de arte e viu que isso era o que queria fazer da sua vida?
Nessas suas viagens, são sempre para exposições ou também para colaborações com outras marcas?
Tem alguma exposição sua que te dê mais orgulho que outras, ou que tenha sido uma conquista maior?
pauloEm questão de carreira, a que eu fiz e me fez perceber que eu tinha realmente atingido o meu objetivo, foi a Bienal de Lyon em 2013. Eu fiz o projeto da fachada do museu na Bienal, foi animal, porque é um lugar gigante, e tinha meu trabalho exposto nessa escala, foi bem marcante. Eu era o artista mais jovem da Bienal, foi uma puta conquista para alguém tão novo. Depois disso comecei a trabalhar muito fora do Brasil, viajar pra vários lugares da Europa e tudo mais. No mesmo ano, fiz uma exposição chamada Imagine Brazil na Noruega, e acho que essas duas me marcaram muito, abriram muitas portas.
Como é o seu processo criativo, de onde você tira inspiração?
Falando mais sobre tênis, quando começou a sua relação com isso? Foi na época do Hip-Hop em Rio Preto?
Por que esse Nike Primo Court foi o escolhido para a entrevista?
pauloEscolhi ele porque é um tênis que veste bem com o tipo de roupa que eu gosto. Tem uma coisa na moda streetwear que não é uma questão de marca para mim, é mais uma questão de conceito, comportamento, como você se relaciona e não é simplesmente você pegar um tênis e colocar esse tênis com qualquer roupa – esse tênis cai muito bem com esse tipo de calça, além de ter uma relação com a estética do skate.
Além disso, eu comprei ele quando fui para Londres, numa viagem muito marcante na minha vida, e esse tênis é um objeto que tenho desse momento como memória. Já que foi na minha primeira exposição na cidade, por meio da galeria que me representa agora, então tenho uma relação afetiva com essa época. Tem o fato dele ser muito parecido com o Blazer também (risos), um dos primeiros tênis da Nike, e teve uma passagem do basquete para o skate, que esteticamente são dois esportes que me interessam muito.
No final é um tênis simples, slim, e que você pode colocar ele tanto para ir num show de Rap quanto para ir num jantar, ele encaixa bem em tudo. Não é um tênis da moda, é um tênis histórico. Não vou ficar pagando três mil reais num tênis, acho foda mas para mim não é isso, não é essa valor que importa num tênis. O que importa mais é o tênis em si, o objeto.
Você lembra de alguma história, ou momento que você passou com ele?
Nike Primo Court
Comprado: 2016
Dono: @paulopjota
Fotos por: Pérola Dutra