“Meu nome é Vivi Bacco, tenho 29 anos. Nasci em SP mas morei desde os 5 anos em Iguape, uma cidade minúscula, colada na reserva ecológica da Juréia/Ilha do Cardoso, fui criada no mangue. Até os 5 anos vivi boa parte da vida numa “comunidade” – não dá nem pra chamar de cidade porque não chegava a 100 habitantes – em um esquema bem roots, sem luz elétrica e água encanada. Fui parar lá porque meu pai (atualmente com 85 anos) queria paz, sair do caos de SP, e viver pescando. Eu também pesco até hoje.
Trabalho com fotografia, vídeo e experimentos audiovisuais principalmente na moda.
Me considero uma pessoa não binária de gênero, mas ainda não gosto desse termo, porque acho que ele atrapalha um pouco, prefiro usar o termo que a Mc Linn usa que é “terrorista de gênero”. Sou pansexual, que significa que posso me interessar por pessoas, apenas pessoas, independente do sexo e identidade de gênero.
No dia do ensaio com o Kickstory conversamos um pouco sobre tênis feminino e masculino e pontuei que não sei de onde tiraram isso de colocar gênero em tênis se “É TUDO PÉ”. Foi engraçado porque o tênis “feminino” não coube no meu pé mesmo sendo a minha numeração e tiveram que pedir o “masculino”. O que prova que chega né? Parou! Estamo em 2018 e pé não tem gênero! Odeio quando chego numa loja e falam “os tênis femininos são ali daquele lado”, você olha lá e tem um monte de cor que não te agrada, um monte de designs duvidosos, uns shapes quase infantis de tão apertados. Os masculinos variam de combinações de cores legais e shapes confortáveis. Está na hora das marcas pararem de pensar dessa forma. É tudo pé.”