E para finalizar as entrevistas em Portland, tivemos a sorte de conhecer e passar uma tarde com Ian Williams, o dono da Deadstock coffee, um café com temática de tênis que reúne toda uma comunidade local. Essa entrevista foi particularmente legal porque além dele também se chamar Ian, ele também é um dos maiores fãs do Allen Iverson que existe.
O Ian tem uma história inspiradora – ele começou sua carreira na Nike como zelador e após 3 anos de muito trabalho, conquistou o cargo de desenvolvedor de calçados. Tendo conquistado seu espaço, ele sentiu que o que ele gostava era a comunidade e em 2014 deixou a Nike para abrir um café. Ele queria criar um espaço para as pessoas que trabalhavam na indústria de tênis se reunirem e assim nasceu o Deadstock Coffee. Mais tarde, ele abriu o Concourse Coffee com a temática de sua outra paixão, o basquete.
Escolher um par de tênis para sua entrevista foi fácil – de acordo com ele “este é o Ian em forma de tênis”. Tem um pouco de tudo que ele gosta: café, sua silhueta preferida com sola gum e seu jogador preferido, Allen Iverson. E para deixar um dos seus Questions ‘Mocha Toe’ ainda mais especial, nada mais justo do que mergulhar e tingir ele com o seu próprio café.
Na época da nossa viagem o Ian ainda era um dos donos do Concourse, local onde fizemos a sua entrevista. Hoje ele segue apenas como dono do Deadstock Coffee.
“Meu nome é Ian Williams, sou o dono do Deadstock Coffee e Concourse Coffee – que é onde a gente está no momento. Trabalho com café desde 2014, 2015. Eu saí da Nike em 2014 para abrir um café em abril de 2015.
Na Nike eu era um desenvolvedor de calçados, que é como se fosse um engenheiro. Eu trabalhava com produtos de performance abaixo de $100 nas categorias de basquete, treino, corrida e tênis. A gente fazia os tênis baratos, aqueles inspirados na linha do Kobe, inspirados nas linhas de assinatura. Não tinha o logo dos atletas mas tinha a mesma linguagem e visual.
No meu cargo eu trabalhava com as fábricas para produzir esses tênis – você tem a pessoa do marketing que fala “precisamos disso”. O designer desenha e diz “É isso que você quer?” Então eles entregam o projeto para mim, o desenvolvedor, e eu trabalho com a fábrica para produzir o tênis em si. Então é como se fosse a ponte entre a marca e a fábrica.”
E como você se tornou um desenvolvedor de calçados?
ian Na verdade, eu era zelador antes de ser desenvolvedor. Eu era um zelador na Nike e acabei conhecendo os caras que tinham esse trabalho na empresa. Durante o meu período como zelador, eu tive a oportunidade de fazer um tênis. Ele foi lançado em 2009, e é conhecido como o Nike Dunk ‘Wet Floor’ (Piso Molhado) e é inspirado no balde de limpeza. Essa é a foto que a gente queria que fosse a capa da matéria que saiu na Barista Magazine, mas sou eu com o esfregão e o balde. É isso que essa foto quer dizer.
E como você fez a transição de zelador para desenvolvedor?
ian Eu pedia oportunidades como “posso te ajudar a limpar esse armário? Posso ajudar com o próximo evento?” Até ajudei a criar algumas ideias de marketing. Pela limpeza, eu conheci pessoas que trabalhavam em cargos específicos, então eu só chegava e perguntava o que podia fazer para ajudar. As pessoas reconheceram que eu realmente queria fazer aquilo como um trabalho, então acabaram me dando essa oportunidade. Fiquei muito, muito grato e fui aprendendo na prática. Foi muito louco.
“Eu pedia oportunidades como “posso te ajudar a limpar esse armário? Posso ajudar com o próximo evento?” Até ajudei a criar algumas ideias de marketing. Pela limpeza, eu conheci pessoas que trabalhavam em cargos específicos, então eu só chegava e perguntava o que podia fazer para ajudar. As pessoas reconheceram que eu realmente queria fazer aquilo como um trabalho, então acabaram me dando essa oportunidade.“
Como foi sua experiência trabalhando na Nike?
ian Eu sou definitivamente grato pela experiência que tive quando trabalhava na Nike. Mas acabei conquistando todos os objetivos que eu tinha por lá. Eu batalhei muito para chegar nessa posição, na real, eu passei três anos como zelador – não foi como se eu tivesse conseguido o emprego de zelador e seis meses depois eu fosse promovido para desenvolvedor. Eu fiz isso por muito tempo. Então demorou um pouco.
Trabalhei como desenvolvedor por cinco anos, mas durante esse tempo percebi que o que eu queria era a comunidade. Eu não me importava muito com o trabalho, eu só queria estar na comunidade. Foi daí que surgiu a ideia de abrir um café.
O café, o lugar físico, é onde as pessoas se reúnem. Não tinha nada a ver com a bebida café em si, era mais sobre as pessoas estarem em um espaço comunitário. O café é só como a gente ganha dinheiro. Quando começamos a trabalhar com café de fato, eu percebi que isso era algo que eu poderia realmente fazer da vida e ir melhorando também.
“Trabalhei como desenvolvedor por cinco anos, mas durante esse tempo percebi que o que eu queria era a comunidade. Eu não me importava muito com o trabalho, eu só queria estar na comunidade. Foi daí que surgiu a ideia de abrir um café.”
O 'Deadstock Coffee' é uma grande referência na comunidade de tênis. Como você teve a ideia de abrir um café temático como o Deadstock e, mais tarde, com o Concourse Coffee?
ian A ideia para o Deadstock surgiu porque a comunidade de tênis é muito grande aqui em Oregon, principalmente em Portland, porque os escritórios da Nike, adidas, Under Armour, Mizuno e Diadora ficam aqui. A marca Keen, que faz calçados e vestimentas para trilha e essas coisas, a Colômbia também. Existem tantas agências e empresas diferentes por aqui como a Li Ning, And1, a K1X da Alemanha também tinha escritório aqui.
Aqui tem tantas empresas de calçados, tem as pessoas que trabalham na indústria em si, é aqui que elas moram. Então eu queria criar um espaço onde as pessoas que trabalham na indústria pudessem ir e não precisassem falar sobre trabalho.Todos nós trabalhamos e fazemos a mesma coisa, então quando vamos a um lugar como este, todos temos interesses semelhantes, mas isso não significa que temos que falar sobre isso como se fosse trabalho, sabe?
‘Deadstock’ significa algo que é raro, especial, aquela coisa que você guarda. Se a gente abrisse várias Deadstocks em Portland seria estranho. Então a ideia era levar o Deadstock para lugares especiais. O próximo plano era realmente abrir em Tóquio, tínhamos cinco pop-ups planejados para 2020 durante as Olimpíadas. Íamos estar lá, mas por causa do COVID tivemos que mudar nossos planos.
E para o Concourse, tivemos acesso a um novo espaço e eu queria muito fazer algo legal. Eu queria fazer outro café, mas não necessariamente com o tema tênis, a menos que eu levasse para fora de Portland. Eu tava pensando em ideias para o espaço, e aí um amigo me procurou e disse que tinha um monte de painéis da quadra de basquete oficial do LA Sparks que eles iriam jogar fora, e ele perguntou “quantos você quer, um ou dois?” e eu falei, “20!” Então a gente dirigiu até Los Angeles e pegamos tudo. Agora temos esses painéis na parede, mas o resto está no depósito. Então, nada mais justo do que abrirmos uma cafeteria com tema de basquete.
“Aqui tem tantas empresas de calçados, tem as pessoas que trabalham na indústria em si, é aqui que elas moram. Então eu queria criar um espaço onde as pessoas que trabalham na indústria pudessem ir e não precisassem falar sobre trabalho.”
Eu (também Ian) e você, somos os dois grandes fãs do Allen Iverson, e antes da entrevista, a gente conversou sobre como a primeira vez que você realmente gostou de um tênis de verdade foi por causa dele. O que o Iverson significa para você, e como ele impactou a sua relação com tênis?
ian Eu nasci na costa leste dos Estados Unidos, em uma cidade chamada Newport News, na Virgínia, e o Iverson é de Hampton, que fica ali do lado de onde eu morava. Ele fez colegial na escola rival de onde o meu irmão e irmã estudavam no colegial, e uma amiga da minha irmã da escola namorava ele na época. Então eu via ele jogar basquete e futebol americano quando eu era criança. Depois disso, ele foi jogar pela Georgetown, que é muito perto de casa, e quando foi “draftado” ele foi jogar pelo Sixers de Filadélfia, e minha família é da Filadélfia. Eu já era fã do Sixers quando criança, então meu jogador favorito vai jogar no meu time favorito? Cara, esse amor por ele nunca vai sumir. Sim, meu amor pelo Iverson é forte.
Muitas pessoas veem o Michael Jordan como o melhor jogador, o GOAT, a razão pela qual eles jogam basquete, ou sei lá. Mas para mim é o Allen Iverson. Eu odiava o Michael Jordan, por causa do Iverson. Quando ele ainda era novato ele meteu um crossover no Jordan, teve muita gente que ficou brava com isso. Todo mundo perguntava pra ele “você vai jogar contra o Michael Jordan hoje, tá nervoso?” E ele disse, “não, eu sou um competidor, eu amo o MJ! Esta é a pessoa que eu mais admiro, é o motivo pelo qual eu jogo basquete. Mas pelo mesmo motivo que eu amo o Michael Jordan, eu também tenho que ganhar dele para ganhar o seu respeito.”
Esse nível de respeito, para mim, é algo que eu levo para tudo o que eu faço até hoje. Eu amo a indústria do café, mas como respeito, eu sempre vou tentar ganhar dos outros. E espero que façam o mesmo comigo. Por causa do meu amor pelo Iverson, eu sempre vou secretamente odiar o Jordan e o Kobe, porque é isso que o Allen Iverson quer que eu faça. Para mim, a maior versão de respeito que posso te dar é não gostar de você. Mas se eu te ver, vou dizer “você é o cara, você é a razão de eu fazer isso, mas agora vou ter que dar um soco na sua cara” (risos).
“Muitas pessoas veem o Michael Jordan como o melhor jogador, o GOAT, a razão pela qual eles jogam basquete, ou sei lá. Mas para mim é o Allen Iverson. Eu odiava o Michael Jordan, por causa do Iverson.”
Como você começou a se interessar por tênis?
ian A cidade que cresci chama Newport News, mas o seu apelido é ‘Bad News’ (más notícias). As pessoas chamam de ‘Newport Bad News’ porque não é um lugar legal. Quem usava os tênis legais eram traficantes de drogas e coisas assim, e onde eu cresci, ter os tênis legais significa que você tinha muito dinheiro, é um lance de status.
Mas pra mim, eu só via as pessoas usando uns tênis bonitos e era isso que eu queria. Não tínhamos muito dinheiro, mas eu ganhava um par de tênis por ano. Meu jogador de basquete favorito tinha seu próprio tênis, então o primeiro que consegui como algo especial, de coleção mesmo, foi o Reebok Question. E tinha 10 anos ou algo assim.
Na verdade, eu peguei eles muito tempo depois que tinha sido lançado, acho que o Answer II já tinha saído quando finalmente consegui o Question. Quando eu tinha 10 anos, nos mudamos para Oregon, e o problema era que ninguém ligava pro Iverson. Quer dizer, agora eu sei porque, mas naquela época eu não tinha entendido que a sede mundial da Nike ficava aqui, então todo mundo usava Nike ou adidas e ninguém queria nem saber do Iverson – que era um atleta da Reebok. Todas as coisas do Iverson eram vendidas apenas em uma loja chamada Foot Action e todos os tênis acabavam sobrando lá na loja.
A Foot Action era a loja “urbana”. Então eles vendiam os tênis do Iverson, da And1, Lugz (risos) esse tipo de coisa. Eles até tinham uns Jordans, mas era a Footlocker que tinha todos os Jordans, todos os tênis de corrida e as outras coisas legais. Eu ia até a Foot Action e perguntava se podia ficar com os cartazes e artes gráficas das vitrines depois que terminassem. Hoje eles estão todos rasgados, mas eu tenho muitos posters antigos, peças de vitrine mesmo.
E você lembra quais foram os primeiros Questions que você teve?
ian Eu queria o blue toe, mas ganhei o red toe. Não o de camurça, o de couro – biqueira vermelha, sola azul gelo. Na minha escola, a gente tinha que usar uniforme e os meus Questions não combinavam em nada com o uniforme, mas eu nem ligava. Uma vez eu bati a cabeça, tive uma concussão e eu tava meio desmaiado na sala do diretor, e aí a filha dele chegou e desenhou no meu tênis. Eu estava tão fora de si que não conseguia mexer o meu pé. Ela só chegou e começou a desenhar nos meus tênis! Cara, esse foi um dia ruim (risos). E claro que não saiu, naquela época era: água e sabão. Isso é tudo o que a gente sabia. Se não saía com água e sabão, eu não sabia nem o que fazer (risos). Hoje em dia a gente tem o Rehoevn8r, Crep Protect, Jason Markk, todos esses diferentes produtos de limpar tênis, mas naquela época era apenas água com sabão, escova de dentes, pano e o dedo (risos).
É engraçado porque teve um momento que eu tava comprando muitos Questions, só Questions, e quando comecei a trabalhar na Nike eu só podia usar Nike ou Converse. Mas nos meus últimos dois anos que estive lá, eu voltei a comprar Questions e fui guardando eles. Eu comprava um par aqui, quando aposentaram o número do Iverson eu comprei o ‘Banners’, comprei o que eles fizeram para o Halloween e alguns aleatórios. Comecei a buscar uns mais antigos, peguei a primeira colorway do Kobe com a Packer, peguei o da Sneakersnstuff, peguei todos esses. Eu acho que agora eu devo tá com uns 20 pares de Question. Mid, low, eu não ligo, pra mim tanto faz.
O que fiquei triste de não ter conseguido foi o Currency, com o verde anodizado e com o bolsinho escondido na língua, esses eram bem loucos. Mas acabei conseguindo o do Dipset, os Cam’rons com camuflagem roxa, eu tenho o Question da Bape. Eu tenho alguns pares dos da BBC Ice Cream, o roxo com o cachorro ou raposa, sei lá que bicho é aquele. Eles são bizarros de bons!
“Eu queria o blue toe, mas ganhei o red toe. Não o de camurça, o de couro – biqueira vermelha, sola azul gelo. Na minha escola, a gente tinha que usar uniforme e os meus Questions não combinavam em nada com o uniforme, mas eu nem ligava. Uma vez eu bati a cabeça, tive uma concussão e eu tava meio desmaiado na sala do diretor, e aí a filha dele chegou e desenhou no meu tênis. Eu estava tão fora de si que não conseguia mexer o meu pé. Ela só chegou e começou a desenhar nos meus tênis! Cara, esse foi um dia ruim”
E por que de todas os seus Questions e tênis que você tem, você escolheu especificamente esse Reebok Question Mid 'Mocha Toe' para o seu Kickstory?
ian Existem essas colorways famosas do Jordan III ‘Mocha’, o Jordan 1 ‘Mocha’, e depois tem todas essas novas colorways como o Jordan 1 ‘Dark Mocha’, e até esse novo Jordan III ‘Mocha’ que tem o rosa no calcanhar – embora eu não entenda porque, parece um sorvete napolitano (risos). Agora todo mundo está tingindo o tênis no café e essas coisas, mas para mim, tem algumas coisas que sempre que tiver no tênis eu vou gostar – um detalhe reflexivo e sola gum.
Então no caso desse, você tem o café, o meu tênis preferido com a sola gum e o meu jogador de basquete favorito. Quando eu vi esse tênis pela primeira vez, eu enchi a Reebok de mensagem no Instagram. “Eu não entendo porque eu ainda não tenho tipo 50 pares desses (risos). Sinto que sou um dos maiores fãs de Iverson na internet, por que esse tênis ainda não tá lá em casa? Vocês deveriam me abençoar com múltiplos pares desse tênis” (risos). A primeira vez que eu vi eles, eu pensei “este é o Ian em forma de tênis” (risos).
“Então no caso desse, você tem o café, o meu tênis preferido com a sola gum e o meu jogador de basquete favorito. Quando eu vi esse tênis pela primeira vez, eu enchi a Reebok de mensagem no Instagram. “Eu não entendo porque eu ainda não tenho tipo 50 pares desses (risos). Sinto que sou um dos maiores fãs de Iverson na internet, por que esse tênis ainda não tá lá em casa? Vocês deveriam me abençoar com múltiplos pares desse tênis” (risos). A primeira vez que eu vi eles, eu pensei “este é o Ian em forma de tênis” (risos).”
O Deadstock Coffee acabou de fazer um tênis em colaboração com a adidas. Você pode contar um pouco como foi esse processo?
ian Porque eu trabalho com calçado há muito tempo, eu conheço pessoas que trabalham em todas as empresas. Eu tinha alguns amigos na adidas e para encurtar a história, na real, levou três anos para esse tênis ser feito. Eles falaram “vamos fazer um tênis com vocês” e eu fiquei tipo “ok, quando?” e aí eles falaram, “deixa quieto” (risos).
Eu queria fazer um tênis de skate porque meu irmão era skatista. Meu irmão é 11 anos mais velho que eu e anda de skate desde que eu era criança – eu via o meu irmão mais velho andando de skate e eu queria ser como ele. Acho que andar de skate é muito legal, mas eu sou péssimo. Eu sou o pior, mas sempre achei que seria muito legal poder fazer um tênis com a Nike SB e um com a adidas Skateboarding. Mas não deu certo e tudo bem. Essa foi a próxima ideia que a gente teve, mas eles queriam que a gente fizesse um tênis com temática de latte, matcha, lavanda. E eu achei meio besta (risos). Por que a gente não faz algo que realmente gostamos? E chegamos nesse aqui.
Ele é bem inspirado no torrador de café. Então a serapilheira é o material que representa os sacos em que o café é transportado, o verde vem dos sacos Grainpro, que mantêm o café fresco dentro do saco de Café. Como os sacos de café são impressos em serigrafia, a gente tinha que ter algo impresso no tênis também. E, na verdade, na primeira amostra, se você olhar, a impressão ficou muito grossa e tivemos que refazer pra que ficasse mais desbotada, porque não precisa ficar muito boa já que nos sacos de café de verdade, eles nem ligam, porque o pessoal só abre os sacos e jogam eles fora depois.
As manchas são porque derramamos café nos tênis, e até a costura da língua é feita da mesma forma que os sacos de café são fechados. Também pegamos a inspiração do rótulo do país de origem aqui na língua. Do lado de dentro, colocamos ‘coffee should be dope‘ (café tem que ser foda), que também está escrito na nossa parede lá na frente.
Fizemos só 150 pares, mas ter nosso logo no tênis foi algo muito importante para nós. É Deadstock x adidas, as pessoas precisam saber que isso não é uma customização, eles realmente foram lançados. E é legal poder ter o logo da marca ali. Vendemos eles no café, na Black Friday, e eles esgotaram em uma hora e meia. Depois, subimos duas grades cheias online e esgotou em 20 segundos. Tivemos cerca de 1.500 pessoas tentando comprar no primeiro minuto. Foi muito legal!
Reebok Question Mid ‘Mocha Toe’
Dono: Ian Williams
Ana: 2022
Fotos: Kickstory