Essa é a segunda entrevista com a PACE, mas a primeira vez somente o Felipe participou. Então Juliana, você pode nos dar uma introdução sobre quem é você, o que você faz, o que você gosta?
JULIANA: Eu me formei em economia e trabalhei muito tempo em banco, na área de finanças mesmo, isso é uma coisa que me ajuda muito aqui. Eu consigo controlar bem o financeiro da empresa e isso é muito importante, né. O Fe fica mais para o lado do produto e eu fico mais na administração da empresa para gerenciar o financeiro. Além disso, eu faço todo o resto, para ele não se preocupar e pensar em e no produto.
FELIPE: Mas ela também tem um pé em produto, ela gosta disso e dá muitos pitacos e boas ideias.
Como é o dia-a-dia de vocês, como vocês dividem o trabalho? Ou não tem uma divisão exata?
“Fazemos tênis e vamos continuar fazendo tênis, mas expandimos com roupas e acessórios também. Demos um talento bem especial para os acessórios, eles são bem mais autorais. Agora a meta desse ano é lançar bem mais produtos.”
Desde a nossa última conversa, o que mudou na PACE do ano passado para a PACE deste ano?
Acho muito legal ver a evolução de vocês – na nossa última conversa vocês tinham acabado de lançar aqueles 11 tênis de modelos diferentes e já foi um bom tumulto. Mas hoje em dia é muito mais, a gente vê toda hora pessoas usando PACE.
“A gente voltou com a tradição do tênis feito com as mãos, só que com a silhueta mais atual. O S.A.L. carrega esse DNA meio anos 90, que não chega a ser “daddy shoes” ou chucky, mas também não é um modelo atlético. Ele é um clássico com o couro e cores bacanas, com materiais bem premiums e um design bacana, eu gostei bastante do resultado.”
Agora falando sobre o S.A.L. 18, explica pra gente qual foi o seu processo de criação.
O tênis tem várias referências de outras silhuetas de tênis, quais foram suas inspirações? Isso é uma das coisas que eu mais gosto, você faz um ótimo uso das referências, tem um pouco de tudo mas não parece com nada.
felipeA língua é inspirada na silhueta do Jordan XI, e várias outras coisas. Mas por ele ter várias referências, ele acaba virando um tênis extremamente autêntico. Eu pesquiso bastante formas e silhuetas e sinceramente ele está bem autoral e original. Isso que eu fiquei mais contente da gente ter conseguido fazer.
Qual é o significado do nome S.A.L. 18?
E o termo “sole hunter”? Tem algum significado especial?
“Antes da estética, antes de todos esses termos grail, dead stock, hype, tendência – o “last comes first”. Primeiro vem a forma – last – que é um termo que os shoemakers do mundão lá fora usam, principalmente os cara já conhecidos que customizam. Então o que a gente quis dizer é que primeiro vamos dar uma atenção a forma e qual a silhueta que a gente quer.”
E como foi o processo de produção dele?
“A gente teve que produzir eles em pequenas fábricas, com costureiras de família que tem um puxadinho na casa com 5 máquinas, o nosso tênis está sendo feito assim, não tem nada de Industrial ou gigante, são pessoas que sabem fazer sem tecnologia, mas que entendem e muito de montagem e modelagem do produto. E a gente vai se adaptando.”
Nesse ano de 2019 vocês vão focar mais em roupas ou tênis?
PACE COMPANY S.A.L. 18
Criado: 2018
Por: PACE Company
Fotos por: Pérola Dutra